A Iguatemi, rede de shoppings e outlets, anunciou um lucro líquido ajustado de R$ 208,5 milhões no segundo trimestre de 2025, um aumento de 95,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O crescimento significativo é atribuído a efeitos não recorrentes relacionados à aquisição de empreendimentos no setor, incluindo a compra das participações da Brookfield nos shoppings Paulista e Higienópolis, em uma transação total de R$ 2,9 bilhões.
O Ebitda ajustado da companhia alcançou R$ 445,4 milhões, representando um crescimento de 91,2% na comparação anual, enquanto o FFO ajustado atingiu R$ 240,4 milhões, um aumento de 56,2%. A receita líquida ajustada foi de R$ 407,2 milhões, com um crescimento de 27,8% em relação ao segundo trimestre de 2024.
A operação de aquisição impactou temporariamente o balanço da Iguatemi, que contabilizou uma participação maior devido a um empréstimo-ponte de R$ 795 milhões. O vice-presidente financeiro da Iguatemi, Guido Oliveira, esclareceu que o resultado foi distorcido pela contabilização das receitas e despesas relacionadas aos parceiros do consórcio. Sem esses efeitos, o lucro líquido recorrente foi de R$ 109,6 milhões, um crescimento de 2,8% em relação ao ano anterior.
As vendas totais da rede atingiram R$ 6,3 bilhões, um aumento de 27,4%, impulsionadas pela recente aquisição do Shopping Rio Sul e pela performance dos shoppings adquiridos. A ocupação média dos shoppings foi de 96,4%, com uma inadimplência líquida de apenas 0,3%. Oliveira destacou que o trimestre foi positivo tanto financeiramente quanto operacionalmente, com a consolidação das novas participações.
