O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) apresentou uma queda de 0,07% em julho, conforme divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (7). O resultado é uma melhora em relação à deflação de 1,80% registrada em junho, mas ficou aquém da expectativa de deflação de 0,18% apontada por uma pesquisa da Reuters. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice avançou 2,91%.
De acordo com Matheus Dias, economista do FGV IBRE, a diminuição nos preços ao produtor foi menos intensa em julho, com destaque para a alta nos preços de matérias-primas brutas, como minério de ferro e soja. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que compõe 60% do IGP-DI, teve uma queda de 0,34%, em contraste com a deflação de 2,72% observada em junho. O minério de ferro, por exemplo, registrou um aumento de 5,37%, enquanto a soja em grão subiu 1,27%.
Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), que representa 30% do índice geral, teve uma alta de 0,37%, superando a elevação de 0,16% do mês anterior. Os jogos lotéricos, em particular, apresentaram um aumento significativo de 13,26%. O Índice Nacional de Construção Civil (INCC-DI), que compõe 10% do IGP-DI, também subiu, registrando 0,91% em julho, impulsionado pelo aumento de 13,34% nos preços de tubos e conexões de PVC, refletindo o encarecimento das tarifas de importação de resinas.
O IGP-DI é um indicador que calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o primeiro e o último dia do mês de referência, sendo um importante termômetro da inflação no Brasil.