O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) emitiu um parecer afirmando que o Projeto Apolo, da Vale, é “incompatível” com o Parque Nacional da Serra do Gandarela, situado na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O projeto, que prevê investimentos de US$ 2 bilhões e uma capacidade de produção de 14 milhões de toneladas por ano, atinge a zona de amortecimento do parque, conforme indicado pelo ICMBio.
O parecer foi elaborado após solicitação da Fundação Estadual do Meio Ambiente, ligada à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad), responsável pela concessão da licença. O ICMBio alertou que o projeto poderia causar danos irreversíveis, incluindo abalos sísmicos, poluição atmosférica e contaminação dos recursos hídricos. Além disso, foram identificadas lacunas no Estudo de Impacto Ambiental (EIA), especialmente nas metodologias utilizadas.
Em resposta, a Vale afirmou que apresentará informações adicionais para demonstrar a viabilidade técnica do projeto e que o processo de licenciamento ambiental continua em andamento. A empresa destacou que, caso obtenha as licenças necessárias, dará início às obras de implantação do empreendimento. O futuro do Projeto Apolo agora depende da análise das licenças ambientais pelo órgão competente.