O Ibovespa Futuro iniciou a sexta-feira (1º) em baixa, refletindo a cautela do mercado após a divulgação de tarifas recíprocas que variam de 10% a 41% para 69 parceiros comerciais dos Estados Unidos, com vigência a partir do dia 7. O contrato com vencimento em outubro apresentava queda de 0,43%, alcançando 133.020 pontos às 9h03. A situação é agravada por dados que indicam uma contração da atividade econômica na Europa e na China, gerando incertezas sobre o comércio global.
Os investidores também aguardam o relatório de emprego (payroll) dos EUA referente a julho, que deve mostrar a criação de 110.000 postos de trabalho, conforme expectativa de pesquisa da Reuters. No cenário interno, o impasse comercial entre Brasil e EUA continua a preocupar, especialmente após a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros por Donald Trump, embora alguns itens tenham sido excluídos.
Além disso, os resultados financeiros de grandes empresas como Vale (VALE3), CSN (CSNA3), Gerdau (GGBR4) e Marcopolo (POMO4) estão em destaque. O IBGE divulgará os números da produção industrial de junho, com uma projeção de alta de 0,4%, contrastando com o declínio de 0,4% registrado em maio. Os mercados globais também operam em baixa, com índices futuros dos EUA recuando cerca de 1% após os anúncios de tarifas.
Na Ásia-Pacífico, os mercados fecharam no vermelho, com a atividade industrial da China mostrando sinais de deterioração em julho, conforme indicado pelo Índice de Gerentes de Compras (PMI) que caiu para 49,5. As ações europeias também operam em baixa, com destaque para as farmacêuticas, após Trump exigir a redução de preços nos EUA. Os preços do petróleo permanecem estáveis, enquanto os contratos futuros de minério de ferro indicam uma possível queda ao final da semana, refletindo a diminuição das expectativas de estímulo da China.