O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou o mês de julho com uma queda de 0,69%, atingindo 133.071 pontos. Este resultado representa uma perda acumulada de 4,17%, o pior desempenho mensal desde dezembro de 2022. O fechamento da última sessão do mês, em 31 de julho, foi influenciado por fatores externos, como o adiamento dos cortes de juros pelo Federal Reserve dos EUA e a inflação PCE dentro das expectativas, além de dados mistos da economia brasileira, que mostraram desemprego em mínima histórica, mas dívida pública acima do previsto.
Os investidores mostraram cautela, especialmente em relação às ações da Vale e da Petrobras, que enfrentaram pressão, e também com a realização de lucros nos bancos. A expectativa em torno do impacto das tarifas impostas pelo governo Trump e o desempenho fraco das commodities, como o minério de ferro, contribuíram para a instabilidade do mercado. A agenda econômica da primeira semana de agosto promete aumentar a volatilidade nas operações, levando a um cenário mais defensivo para os traders.
Os contratos de mini-índice (WINQ25) com vencimento em agosto fecharam a última sessão do mês com queda de 0,65%, aos 133.635 pontos, revertendo parte dos ganhos recentes. A análise técnica indica que, para que o índice retome o fluxo de alta, será necessário romper a resistência em 133.775/134.030. Caso contrário, a continuidade da pressão vendedora pode levar o índice a suportes mais baixos, entre 132.635 e 130.900 pontos. O cenário permanece pressionado, com a necessidade de um aumento no volume comprador para evitar quedas acentuadas.