O Índice Bovespa (Ibovespa) apresentou dificuldades técnicas nesta sexta-feira, 1º de agosto, conforme informou a B3. A falha, que não deve impactar significativamente os investidores, está sendo avaliada pela bolsa. Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença, afirmou que a normalização da situação permitirá que o índice se ajuste às cotações das ações que o compõem. "É raro isso acontecer, mas não é nada preocupante", destacou.
Enquanto isso, o Ibovespa futuro registrava uma leve alta de 0,44%, alcançando 134.275 pontos, influenciado pelo clima negativo das bolsas de Nova York. A preocupação com uma possível desaceleração econômica nos Estados Unidos, após a divulgação de dados de emprego que mostraram a criação de apenas 73 mil vagas em julho, contrária à expectativa de 101 mil, gerou cautela entre os investidores. Bruna Sene, analista da Rico, observou que o cenário de incertezas foi intensificado por um novo decreto do ex-presidente Donald Trump sobre tarifas comerciais.
Além das dificuldades no mercado brasileiro, a agenda do dia inclui a divulgação de PMIs internacionais, o payroll dos EUA e dados da produção industrial brasileira. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou sobre a possibilidade de buscar canais diplomáticos para mitigar os efeitos das tarifas norte-americanas sobre produtos brasileiros, enfatizando a necessidade de ações que protejam a economia nacional. No setor de commodities, o minério de ferro e o petróleo apresentaram quedas, enquanto a produção industrial brasileira teve um crescimento abaixo do esperado em julho.
Nos balanços financeiros, a Vale reportou um lucro líquido de US$ 2,117 bilhões no segundo trimestre de 2023, um aumento de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Por outro lado, a CSN registrou um prejuízo líquido de R$ 130,4 milhões, embora tenha apresentado uma melhora de 41,7% em comparação ao segundo trimestre de 2024.