O Ibovespa enfrentou uma queda de 2,10% nesta terça-feira, 19 de agosto de 2025, a maior desde 4 de abril, em meio a uma forte pressão nas ações do setor financeiro. Com perdas expressivas em instituições como Banco do Brasil (-6,03%), Itaú (-3,04%) e Bradesco (-3,43%), o índice da B3 chegou a perder a linha dos 134 mil pontos, fechando em 134.432,26. O movimento foi impulsionado por preocupações sobre a relação Brasil-EUA após decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) relacionadas às sanções aplicadas ao ministro Alexandre de Moraes.
O cenário se agravou com a decisão do ministro Flávio Dino, que afastou a eficácia automática da Lei Magnitsky no Brasil, gerando novas dúvidas e inseguranças no setor bancário, especialmente para instituições com operações nos Estados Unidos. A queda acentuada do Ibovespa refletiu também a desconfiança dos investidores em relação à estabilidade jurídica e econômica do país. Além disso, a Raízen viu suas ações despencarem após a Petrobras negar rumores sobre a compra de ativos da empresa.
As implicações dessa situação são significativas para o mercado financeiro brasileiro, que já enfrenta um ambiente desafiador. A expectativa é que os bancos busquem novos pareceres jurídicos e que haja uma nova rodada de conversas com advogados para lidar com as incertezas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve convocar uma reunião ministerial na próxima semana para discutir estratégias de resposta às recentes turbulências econômicas e políticas.