Uma nova pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que, atualmente, há 95 homens para cada 100 mulheres no Brasil. A pesquisa, parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua 2024, foi divulgada na última sexta-feira, 22, e revela que essa diferença se acentua com a idade, especialmente no Rio de Janeiro, onde entre os maiores de 60 anos a proporção é de apenas 70 homens para cada 100 mulheres.
Os dados mostram que, em 2022, a população brasileira contava com cerca de 104 milhões de mulheres e 98 milhões de homens, resultando em uma diferença de aproximadamente 6 milhões. Especialistas atribuem essa discrepância a fatores como a maior vulnerabilidade masculina a acidentes e violência, além do cuidado com a saúde que as mulheres tendem a ter. A série histórica da PNAD indica que essa tendência se mantém desde 2012, refletindo um padrão global onde nascem mais homens do que mulheres.
Com a transição demográfica em curso no Brasil, caracterizada pelo envelhecimento populacional e pela redução das taxas de natalidade, essa diferença entre os gêneros se torna ainda mais pronunciada. O analista do IBGE, William Kratochwill, destaca que, embora nasçam mais homens, eles morrem mais cedo devido a causas externas. Essa realidade não é necessariamente negativa para as mulheres, já que estudos indicam que solteiras e sem filhos podem ser mais felizes e saudáveis do que aquelas casadas.