Os rebeldes hutis do Iêmen anunciaram neste sábado (30) a morte de Ahmad Ghaleb al Rahwi, seu ‘primeiro-ministro’, durante bombardeios realizados por Israel na capital Saná. O ataque, que ocorreu na quinta-feira, também resultou na morte de vários ministros do governo huti, que controla amplas áreas do Iêmen em meio a uma guerra civil que se arrasta desde 2014. Em um comunicado divulgado por meio do canal Al Masirah, os hutis afirmaram que ‘vários de seus colegas ficaram feridos, alguns em estado grave’.
Mehdi al Machat, chefe do Conselho Político Supremo dos hutis, declarou em vídeo que o grupo se vingará das mortes e convocou empresas estrangeiras a deixarem Israel ‘antes que seja tarde demais’. Além disso, os rebeldes nomearam Mohammed Ahmad Muftah como ‘primeiro-ministro interino’ para suceder al Rahwi, que havia assumido o cargo em agosto de 2024. O Exército israelense confirmou o ataque, alegando ter atingido uma instalação que abrigava altos responsáveis hutis.
A morte de al Rahwi e as ameaças de retaliação dos hutis podem intensificar ainda mais o conflito no Iêmen, que já enfrenta uma grave crise humanitária. A situação é complexa, com o governo iemenita reconhecido internacionalmente baseado em Aden e os hutis recebendo apoio do Irã. As repercussões desse ataque podem afetar não apenas a dinâmica interna do Iêmen, mas também as relações regionais e internacionais envolvendo Israel e seus vizinhos.