O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), fez um discurso contundente na noite desta quarta-feira (6), após retomar o comando da Mesa Diretora. Motta enfatizou que a democracia 'não pode ser negociada' e que interesses pessoais não devem prevalecer sobre a vontade popular. A declaração ocorreu após a desocupação do plenário, que havia sido ocupado por parlamentares da oposição em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ocupação impediu a realização de sessões desde a terça-feira (5).
Durante a crise, Motta chegou a ameaçar suspender mandatos e acionou a polícia legislativa, que foi posicionada na entrada do plenário. Após intensas negociações, os oposicionistas cederam, permitindo a abertura da sessão. Em seu discurso, o presidente da Câmara ressaltou a importância de reafirmar a autoridade da Presidência e o papel institucional da Casa, afirmando que sua presença visava garantir o respeito à instituição.
Motta destacou que a Câmara enfrenta um momento delicado e que o fortalecimento do Parlamento é essencial para o compromisso com a democracia. Ele afirmou que a Casa é um espaço de debate e que o diálogo é o único caminho para a construção de soluções políticas legítimas. 'Vamos continuar apostando no diálogo. Só o diálogo é que mostrará a luz das grandes construções que o Brasil precisa', concluiu, reiterando que a democracia deve ser preservada acima de tudo.