Líderes de esquerda foram pegos de surpresa com a decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de pautar a PEC do fim do foro privilegiado. A percepção entre as lideranças é que Motta busca levar a proposta à votação com o intuito de derrotá-la, uma vez que não há consenso nem mesmo entre os partidos centristas. O expediente não é inédito; em 2021, Arthur Lira (PP-AL) fez o mesmo com a PEC do voto impresso, que foi rejeitada. Além da PEC do fim do foro, Motta também incluiu na pauta a PEC das Prerrogativas, que visa reforçar a proteção dos deputados em relação ao Supremo Tribunal Federal. Apesar de contar com apoio majoritário na Câmara, a proposta ainda carece de um texto consolidado, o que pode levar ao adiamento da votação. Enquanto isso, bolsonaristas acreditam que a PEC será votada rapidamente no plenário.