O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), se manifestou nesta quinta-feira (7) sobre o atraso de seis minutos para reassumir sua posição no plenário, classificando o episódio como "triste", mas não uma "humilhação". Em entrevista ao Metrópoles, Motta ressaltou que a retomada dos trabalhos ocorreu sem a necessidade de violência ou intervenção policial, enfatizando a importância do diálogo em sua gestão.
O presidente também comentou sobre a atuação da oposição, que se dirigiu ao ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para discutir pautas de interesse. Motta afirmou que essa situação não diminui sua autoridade ou a da Casa, mas reflete o atual cenário político. Ele foi eleito para o cargo em fevereiro, com o apoio de Lira.
Os recentes atos de obstrução nos plenários do Congresso levaram à convocação de reuniões entre os líderes partidários. Após um desses encontros, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), mencionou a possibilidade de um acordo para discutir a anistia aos condenados pelo 8 de janeiro, embora tenha posteriormente negado a existência de um pacto formal.
Na última terça-feira (5), congressistas da oposição ocuparam os plenários da Câmara e do Senado em protesto contra o que consideram abuso de poder por parte do ministro do STF, Alexandre de Moraes. A oposição condiciona a liberação dos plenários a um diálogo com os presidentes da Câmara e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e reivindica pautas como a anistia, o fim do foro privilegiado e o impeachment de Moraes.