O presidente da Câmara, deputado Hugo Mota, anunciou que pautará a PEC da Blindagem nesta quarta-feira (27), uma proposta que visa ampliar a proteção a parlamentares. Para Mota, essa discussão é um “direito do Congresso” e busca proporcionar maior “independência” à atividade parlamentar. A pauta é considerada uma das prioridades da oposição, enquanto o governo se esquiva do debate, projetando que isso poderia escalar uma nova crise entre o Congresso e o Supremo Tribunal Federal.
Em entrevista ao podcast O Assunto, o cientista político Claudio Couto, professor da FGV, analisa o contexto por trás do avanço dessa proposta e suas implicações para a sociedade. Couto destaca que a PEC da Blindagem pode ter consequências significativas para a relação entre os poderes e para a percepção pública sobre a atuação dos parlamentares. A discussão sobre essa pauta ocorre em um momento delicado para a política brasileira, especialmente após os recentes eventos que afetaram a estabilidade do governo.
A PEC da Blindagem levanta questões importantes sobre a autonomia do Legislativo e os limites da proteção aos parlamentares. A resistência do governo em debater a proposta sugere um clima de tensão que pode impactar a governabilidade e a confiança nas instituições. À medida que o Congresso avança nessa discussão, as repercussões para a sociedade civil e para o sistema democrático brasileiro se tornam cada vez mais relevantes.