Pacientes nos principais hospitais públicos de Belo Horizonte enfrentam uma grave crise de superlotação, com relatos de esperas que chegam a 12 horas. A equipe da TV Globo visitou várias unidades de saúde e ouviu queixas sobre recepções lotadas e falta de macas, evidenciando a precariedade do atendimento. No Hospital das Clínicas, uma paciente passou a noite em uma cadeira após a triagem, enquanto outros pacientes também aguardavam por horas em condições adversas.
A situação se repete em outras unidades, como o Hospital Risoleta Neves e a UPA Venda Nova, onde os pacientes relatam longas esperas para atendimento. A pressão sobre os profissionais de saúde é intensa, com enfermeiros sobrecarregados e um número insuficiente de funcionários para atender a demanda crescente. A aposentada Maurília Aparecida Gomes, por exemplo, aguardava há quase cinco horas sem conseguir passar pela triagem.
As direções dos hospitais atribuem a superlotação ao aumento de casos graves e à procura por atendimento em locais inadequados. Apesar das dificuldades, as instituições afirmam que todos receberão assistência. A Prefeitura de Belo Horizonte informou que, entre janeiro e julho, atendeu aproximadamente 1,7 milhão de pacientes nas UPAs e centros de saúde, enquanto a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) anunciou medidas para ampliar leitos e investimentos nas unidades hospitalares.