Honduras, sob a liderança da presidente Xiomara Castro, decretou estado de exceção em dezembro de 2022, em uma tentativa de enfrentar a crescente violência e extorsão associadas ao crime organizado. Essa decisão ocorreu dez meses após a implementação de uma medida semelhante em El Salvador, que também buscou controlar a criminalidade em seu território. O governo de Castro justifica as restrições como necessárias para restaurar a segurança pública, uma vez que grupos criminosos exercem amplo controle sobre diversas áreas do país.
A medida tem gerado controvérsias, especialmente no que diz respeito às implicações para os direitos humanos. Organizações de defesa dos direitos civis expressaram preocupação com o potencial abuso de poder por parte das autoridades e com a possibilidade de que as restrições se tornem permanentes, mesmo após a diminuição da violência. A situação em Honduras reflete um padrão crescente na América Central, onde governos adotam medidas drásticas em resposta à criminalidade.
As implicações dessa política são profundas e podem afetar não apenas a segurança interna, mas também as relações internacionais do país. A comunidade internacional observa atentamente as ações do governo hondurenho, que pode enfrentar sanções ou críticas se os direitos humanos continuarem a ser comprometidos. A eficácia dessa abordagem ainda está em debate, mas os desafios enfrentados por Honduras são emblemáticos de uma crise mais ampla na região, onde a luta contra o crime organizado se torna cada vez mais complexa.