Um homem de 31 anos foi preso em Araguari, Minas Gerais, por perseguir uma recrutadora de um frigorífico durante quatro meses, após ser reprovado em um processo seletivo. A Polícia Civil prendeu o casal na sexta-feira (22), após coletar provas de mensagens diárias e ligações constantes que causaram temor à vítima, de 33 anos. A esposa do suspeito, de 38 anos, também foi detida por ameaçar a recrutadora, alegando que ela deveria ‘ver’ as consequências da reprovação do marido.
De acordo com a delegada Cláudia Coelho Franchi, os contatos incessantes do casal com a recrutadora configuram o crime de stalking, previsto no artigo 147-A do Código Penal brasileiro. O homem admitiu ter enviado mensagens sob pressão da esposa, que desconfiava de um suposto relacionamento entre ele e a vítima. Apesar das alegações, a investigação não encontrou evidências de tal relação amorosa.
As implicações desse caso ressaltam a importância da legislação sobre stalking no Brasil, que prevê penas de reclusão de seis meses a dois anos. Enquanto a mulher pagou fiança e responderá ao processo em liberdade, o homem permanece preso. Este incidente levanta preocupações sobre a segurança das vítimas de perseguição e a necessidade de medidas mais eficazes para coibir esse tipo de crime.