No dia 6 de agosto de 1945, a cidade de Hiroshima, no Japão, foi palco do primeiro ataque nuclear da história, quando o bombardeiro B-29 Enola Gay lançou a bomba atômica conhecida como Little Boy. O ataque resultou na morte imediata de mais de 50 mil pessoas, com estimativas de que até 150 mil vidas foram perdidas até o final do ano devido a efeitos da radiação e queimaduras. O evento marcou um ponto de virada na Segunda Guerra Mundial e deixou cicatrizes profundas na memória coletiva da humanidade.
Relatos de sobreviventes, conhecidos como Hibakusha, descrevem a devastação causada pela explosão, que transformou pessoas em cinzas e causou uma onda de choque devastadora. A explosão foi precedida por um alerta de ataque aéreo, mas o que se seguiu foi um clarão catastrófico que apagou a vida em questão de segundos. Segundo estudos, 90% das pessoas a 80 metros do epicentro foram instantaneamente mortas.
Em uma cerimônia de homenagem realizada pelo governo japonês, o primeiro-ministro Shigeru Ishiba ressaltou a importância de lembrar as lições do passado e criticou a crescente militarização e a normalização do uso de armas nucleares. O ataque a Hiroshima, seguido pelo bombardeio de Nagasaki, resultou em mais de 200 mil mortes em uma semana e é um lembrete sombrio dos horrores da guerra e da necessidade de paz duradoura.