Neste sábado, o Hamas reiterou que não se desarmará a menos que um Estado palestino independente seja estabelecido, respondendo a uma exigência fundamental de Israel para encerrar a guerra em Gaza. As negociações indiretas entre o grupo e Israel, que visavam um cessar-fogo de 60 dias e a libertação de reféns, chegaram a um impasse na semana passada.
Os mediadores Catar e Egito, em apoio a uma declaração da França e da Arábia Saudita, propuseram passos para uma solução de dois Estados, sugerindo que o Hamas deveria entregar suas armas à Autoridade Palestina. No entanto, o grupo, que controla Gaza desde 2007, afirmou que não abrirá mão de seu direito à resistência armada sem a criação de um Estado palestino soberano, com Jerusalém como capital.
Israel considera o desarmamento do Hamas essencial para qualquer acordo de paz, mas o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu expressou preocupações sobre a possibilidade de um futuro Estado palestino servir como uma plataforma para ameaçar Israel. A guerra, que começou em 7 de outubro de 2023, resultou na morte de mais de 60.000 palestinos e na devastação de Gaza, após um ataque militar israelense em resposta a um ataque do Hamas que deixou 1.200 israelenses mortos e 251 reféns levados para o enclave.
As trocas de acusações entre Israel e o Hamas se intensificaram após o fracasso das negociações, com divergências persistentes sobre a retirada militar israelense e outras questões cruciais. A situação humanitária em Gaza continua a se deteriorar, enquanto a comunidade internacional observa com preocupação os desdobramentos do conflito.