O Hamas anunciou neste domingo (3) que está disposto a fornecer alimentos aos reféns israelenses, desde que Israel permita a abertura de corredores humanitários para a entrada de suprimentos na Faixa de Gaza. A declaração ocorre após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, solicitar ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) assistência para levar alimentos e cuidados médicos aos sequestrados.
A situação ganhou destaque após o grupo extremista divulgar vídeos de dois reféns israelenses em estado de desnutrição, incluindo um que aparece escavando um túnel em Gaza. Em resposta, Netanyahu conversou com o chefe da delegação do CICV na região, Julian Lerisson, pedindo envolvimento imediato na assistência aos reféns e condenando as ações do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina.
O Hamas, por sua vez, afirmou que os reféns recebem a mesma alimentação que os habitantes de Gaza e criticou Netanyahu, alegando que ele deseja “encerrar a questão dos prisioneiros matando-os de fome”. O primeiro-ministro israelense, em contrapartida, negou a existência de fome na região, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou sobre a insegurança alimentar e desnutrição aguda na Faixa de Gaza, caracterizando a situação como o “pior cenário de fome” após 21 meses de conflitos.
A troca de declarações entre os dois lados reflete a complexidade da crise humanitária na região, onde a falta de suprimentos básicos e a violência persistem, agravando a situação dos civis e dos reféns. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, enquanto as negociações sobre a ajuda humanitária continuam em meio a um clima de tensão.