O Hamas anunciou nesta segunda-feira, 18 de agosto de 2025, que aceitou a proposta de cessar-fogo apresentada pelos mediadores do Egito e do Catar. A decisão foi confirmada em uma rede social por Basem Naim, dirigente do grupo, que declarou que o movimento aprovou a nova proposta dos mediadores. Segundo informações do G1, o plano prevê a interrupção das ofensivas militares na Faixa de Gaza por 60 dias, período que serviria como base para negociações de um acordo mais amplo de fim da guerra.
O desenho do cessar-fogo inclui a libertação de metade dos reféns israelenses mantidos em Gaza em troca da soltura de prisioneiros palestinos. Uma fonte ligada às tratativas afirmou que a proposta é quase idêntica àquela apresentada anteriormente pelo enviado dos Estados Unidos, Steve Witkoff, já aceita por Israel. O gesto abre espaço para uma nova etapa diplomática, em meio à pressão internacional por um desfecho do conflito. O chanceler egípcio, Badr Abdelatty, declarou que seu país está disposto a integrar uma força internacional em Gaza, desde que haja mandato do Conselho de Segurança da ONU e objetivos políticos definidos.
Enquanto isso, Israel aprovou um novo plano de ofensiva que prevê o avanço sobre a Cidade de Gaza, a mais populosa do território. A medida, respaldada pelo governo de Benjamin Netanyahu, recebeu ressalvas do chefe do Estado-Maior, general Eyal Zamir, contrário à ocupação total, mas confirmou que seguirá ordens do Executivo. Após 22 meses de combates, o saldo da guerra é devastador: o ataque do Hamas em outubro de 2023 deixou 1.219 mortos em Israel, enquanto a ofensiva israelense já causou mais de 61,5 mil mortes em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local. A ONU considera os números confiáveis e alerta para o risco de fome diante das restrições impostas à entrada de ajuda humanitária.