O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu nesta sexta-feira (1º) que o governo Lula enfrenta uma base frágil no Congresso Nacional. Durante o 17º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores, realizado em Brasília, Haddad destacou a necessidade de articulação constante para a aprovação de projetos prioritários, descrevendo o processo como "complexo" e "difícil".
A declaração do ministro ocorre em meio a tensões entre o Executivo e o Legislativo, especialmente em relação ao Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) e à busca por equilíbrio fiscal. Haddad também mencionou as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros impostas pelos Estados Unidos, que, segundo ele, dificultam a relação com o Congresso e a atuação do governo.
Haddad elogiou a disposição do presidente Donald Trump para dialogar sobre as tarifas, afirmando que Lula estaria aberto a uma conversa. O ministro informou que está em negociação para uma reunião com a equipe do secretário do Tesouro norte-americano, embora ainda não haja data definida. Ele criticou o isolamento comercial do Brasil, atribuindo-o a motivações políticas, e ressaltou que o segundo semestre de 2025 será desafiador para o governo.
No mesmo evento, o Partido dos Trabalhadores lançou uma campanha contra o tarifaço de Trump, convocando a população a se mobilizar em defesa do Brasil. Os discursos enfatizaram a importância da unidade e da luta em prol do país, que, segundo Haddad, deve se tornar uma potência econômica e democrática.