O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 18, que a falta de progresso nas negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos se deve à ‘má vontade’ dos americanos. Durante sua participação no seminário ‘Brazil 2030: Fostering Growth, resilience and productivity’, em São Paulo, Haddad revelou ter recebido um convite do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, para discutir o tarifaço imposto ao Brasil. O ministro decidiu divulgar essa informação para esclarecer que o Brasil está disposto a negociar e que a responsabilidade pelo não avanço das conversas não é do país.
Haddad destacou que possui documentos oficiais que comprovam a disposição do Brasil para dialogar e criticou as exigências consideradas inegociáveis por parte dos EUA. Ele mencionou que as condições impostas por Washington seriam inconstitucionais, referindo-se à interferência do Executivo brasileiro em questões do Judiciário, especialmente no contexto do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. O clima tenso nas negociações reflete um momento delicado nas relações comerciais entre os dois países.
As declarações de Haddad podem ter implicações significativas para as futuras interações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. A insistência em um diálogo aberto e a apresentação de documentos que comprovam a disposição brasileira para negociar podem influenciar a percepção pública e política sobre as relações bilaterais. Com o comércio entre os países já em declínio, a situação exige atenção redobrada para evitar um agravamento das tensões comerciais.