O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira, 4, que se reunirá com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, para discutir a situação do judiciário brasileiro em meio às sanções norte-americanas. Durante entrevista ao programa Entre Nós, da BandNews, Haddad ressaltou a importância de explicar como funcionam as salvaguardas do sistema judicial brasileiro, afirmando que a troca de juízes não altera veredictos.
O ministro destacou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi absolvido pelo Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas, reforçando que o Brasil é signatário de acordos internacionais sobre direitos humanos. "Não só internamente, mas externamente ele foi absolvido", afirmou Haddad, em referência às sanções direcionadas ao ministro do STF, Alexandre Moraes.
Haddad também abordou a gravidade das acusações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, enfatizando que o problema reside nos atos contrários à Constituição, e não na figura do juiz. "Os fatos estão sendo tratados dessa maneira, porque são graves", disse. Ao ser questionado sobre possíveis retaliações comerciais aos EUA, o ministro preferiu usar o termo "proteger", afirmando que a prioridade do governo é a defesa do Brasil e de suas instituições, mantendo uma relação de amizade e prosperidade com os Estados Unidos ao longo de 200 anos.