O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a Operação Carbono Oculto representa uma inovação no enfrentamento ao crime organizado no Brasil. Em entrevista ao Canal Livre, da Band, que será exibida neste domingo, 31, ele ressaltou que o esquema alcançou o mercado financeiro, mas não o tradicional, referindo-se a indivíduos que alugaram andares em prédios luxuosos da cidade. Haddad enfatizou que as cifras em jogo são expressivas e devem crescer conforme as investigações avançam.
O ministro mencionou que, apenas em São Paulo, já foram identificados R$ 52 bilhões movimentados por fraudes no setor de combustíveis, com a operação revelando um esquema bilionário que utilizava fintechs e fundos de investimento para lavar dinheiro. Ele também comentou sobre a repercussão negativa de uma tentativa da Receita Federal de monitorar movimentações via Pix, que prejudicou as investigações devido à disseminação de informações falsas.
Deflagrada pela Receita Federal em parceria com o Ministério da Justiça e outros órgãos, a Operação Carbono Oculto é considerada a maior ação contra organizações criminosas na economia formal do país. As apurações indicam que uma fintech atuando como banco paralelo movimentou R$ 46 bilhões em cinco anos, enquanto cerca de 40 fundos foram utilizados para proteger ativos ilícitos estimados em R$ 30 bilhões.