O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou em entrevista ao Canal Livre, da Band, que a Lei de Reciprocidade Econômica recebeu apoio de partidos da oposição, incluindo os do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Aprovada pela Câmara dos Deputados em abril, a norma estabelece critérios para que o Brasil possa responder a tarifas impostas por outros países, especialmente em meio ao recente tarifaço anunciado pelos Estados Unidos.
Haddad explicou que a regulamentação da lei, que ocorreu em julho, permite ao Brasil oferecer tratamento equivalente a cidadãos e governos estrangeiros em questões comerciais e diplomáticas. Apesar do apoio político, a aplicação da norma enfrenta questionamentos do setor privado e da oposição, que temem impactos negativos nas negociações com os EUA. O ministro reiterou que o governo brasileiro busca uma solução diplomática, mas criticou a falta de disposição dos Estados Unidos para dialogar.
O chefe da equipe econômica também mencionou o cancelamento de uma reunião com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, que se encontrou com Eduardo Bolsonaro logo após alegar falta de agenda. Haddad enfatizou que a lei deve ser cumprida e que uma comissão será formada para avaliar as melhores ações a serem tomadas em resposta às barreiras tarifárias impostas pelos EUA.