O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a recente decisão dos Estados Unidos de impor uma taxa de 10% sobre produtos importados do Brasil não está relacionada a um possível desconforto com o Brics. A declaração foi feita após a reunião de líderes do bloco, realizada no mês passado no Rio de Janeiro. Haddad destacou que, se essa hipótese fosse verdadeira, países como Índia, China e África do Sul teriam enfrentado tarifas ainda mais altas, de 50%.
O ministro enfatizou que o Brasil, apesar de ter um déficit comercial com os EUA, não é o único país a ser taxado. Ele observou que os Estados Unidos mantêm divergências maiores com as nações do Brics, que atualmente representam o principal destino das exportações brasileiras. Haddad não mencionou a Rússia em suas considerações, mas reforçou a importância do bloco para a economia nacional.
A imposição de tarifas adicionais de até 40% em alguns produtos também foi abordada, mas o ministro reiterou que a relação comercial entre os países não justifica as taxas aplicadas. A declaração de Haddad busca esclarecer a posição do Brasil em meio a tensões comerciais internacionais.