Em um debate promovido pelo Partido dos Trabalhadores (PT), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a estratégia do governo Lula de fortalecer laços comerciais com múltiplos parceiros, incluindo os BRICS. Ele afirmou que “o governo Trump é temporário” e ressaltou que o Brasil não deve ser subserviente a nenhuma nação, enfatizando a importância de manter sua soberania. Haddad também mencionou planos para estreitar relações com a Índia, destacando a necessidade de aprofundar laços comerciais e culturais com este país.
Durante sua fala, Haddad criticou a extrema-direita brasileira, insinuando que suas ações contribuíram para as tarifas de 50% impostas sobre produtos brasileiros nos EUA. Ele relatou que conversas com autoridades americanas estavam progredindo até que a hostilidade de grupos extremistas brasileiros surpreendeu as negociações. O ministro citou mensagens trocadas entre Jair Bolsonaro e seu filho, Eduardo, que indicavam uma tentativa de interferência nas relações comerciais do Brasil com os EUA.
As declarações de Haddad ocorrem em um contexto de crescente tensão nas relações entre Brasil e Estados Unidos, especialmente após a imposição de tarifas que afetam setores importantes da economia brasileira, como o café. A busca por uma aproximação com a Índia reflete uma estratégia mais ampla do governo Lula para diversificar parcerias comerciais e fortalecer a posição do Brasil no cenário internacional. As críticas à extrema-direita também sinalizam um esforço para deslegitimar ações que possam prejudicar os interesses nacionais.