O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou neste sábado (23) os governos anteriores por não corrigirem a tabela do Imposto de Renda, o que fez com que mais de 20 milhões de brasileiros de menor renda passassem a pagar o tributo sobre os salários. Durante um debate em Brasília, Haddad afirmou que a falta de correção promoveu um aumento significativo de impostos para as camadas economicamente mais frágeis, destacando que essa situação se agravou durante as gestões de Michel Temer e Jair Bolsonaro.
A tabela do Imposto de Renda permaneceu congelada entre 2015 e 2022, resultando em uma defasagem superior a 36%, segundo o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional). Com a nova proposta do governo Lula, a faixa de isenção foi elevada para R$ 3.036 e há expectativa pela aprovação da isenção para quem ganha até R$ 5 mil, uma promessa de campanha que pode beneficiar 25 milhões de brasileiros.
Haddad ressaltou que a medida visa isentar a maioria dos trabalhadores com carteira assinada e estimular o mercado interno. A Câmara dos Deputados já aprovou o requerimento de urgência para o projeto que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil, além de prever uma alíquota extra para rendas mais altas. O ministro também anunciou um pacote para facilitar o acesso ao crédito habitacional para trabalhadores de baixa renda e classe média, visando fortalecer a economia.