O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (4) que está empenhado em "despolitizar o debate" acerca das tarifas impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros. Em entrevista à Band News, Haddad criticou a oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que, segundo ele, estaria utilizando a situação para promover interesses eleitorais e agir contra os interesses nacionais.
Haddad destacou que o comércio internacional não deve ser usado para fins eleitorais, referindo-se a questões como a regulação de grandes empresas de tecnologia e a exploração de recursos naturais. O ministro também confirmou uma reunião programada para esta semana com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, para discutir os impactos das tarifas, que foram adiadas de 1º para 7 de agosto.
Além disso, 694 produtos foram excluídos das tarifas adicionais que poderiam elevar os impostos a 50%, incluindo suco de laranja, aeronaves civis e castanhas. O decreto do presidente Donald Trump justifica as tarifas como uma resposta a políticas do governo brasileiro que, segundo ele, ameaçam a segurança nacional e a economia dos EUA, mencionando também a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Haddad enfatizou a necessidade de um entendimento mútuo sobre a democracia brasileira, que, segundo ele, é considerada por especialistas como um exemplo mais avançado do que a democracia norte-americana em diversos aspectos. O ministro concluiu que é fundamental que os EUA compreendam as particularidades do funcionamento da democracia no Brasil.