O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (20) que o Brasil “não pode servir de quintal de ninguém” ao comentar o tarifaço de 50% imposto pelo governo Donald Trump aos produtos exportados pelo país. Em sua declaração, Haddad destacou a importância da soberania brasileira e a necessidade de manter parcerias diversificadas, sem se alinhar subordinadamente a qualquer potência.
Haddad criticou a postura do governo dos EUA, que considera política e não comercial, e reiterou que o Brasil deve dialogar com os Estados Unidos, mas sem aceitar imposições. O ministro também ressaltou que o Brasil possui “tamanho, densidade e importância” para garantir sua soberania e que não deve limitar suas parcerias a um único país. Além disso, ele chamou atenção para o fato de que 60% dos dados digitais brasileiros são processados fora do país, o que representa um risco estratégico.
Em relação ao crescimento econômico, Haddad afirmou que o Brasil pode crescer em média 3% ao ano, desde que mantenha investimentos em infraestrutura e educação. Ele reconheceu uma desaceleração no crescimento do PIB em 2025, mas considerou essa medida necessária para controlar a inflação. O ministro expressou otimismo quanto à colaboração no Congresso para avançar em agendas importantes para a sociedade brasileira.