O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que o governo brasileiro está determinado a proteger a economia nacional da ‘agressão externa’, referindo-se ao tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos. Em declarações feitas após um evento em São Paulo, Haddad ressaltou que a missão desta semana é regulamentar um plano de contingência para garantir que os recursos liberados cheguem à população. Ele também mencionou a atuação da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que, segundo ele, estaria dificultando as negociações.
Durante o evento, Haddad abordou o andamento do acordo Mercosul-União Europeia, prevendo que a superação do último entrave deve ocorrer ainda este ano, com a expectativa de que o acordo seja assinado até o início de 2026. O ministro destacou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém um diálogo frequente com o presidente francês Emmanuel Macron, considerado um dos principais obstáculos nas negociações. Essa aproximação é vista como crucial para fortalecer as relações comerciais do Brasil no cenário internacional.
As declarações de Haddad refletem uma estratégia do governo para minimizar os impactos econômicos do tarifaço e reforçar a posição do Brasil no comércio global. A proteção da economia brasileira e a busca por acordos internacionais são prioridades na agenda do governo Lula, especialmente em um momento de desafios econômicos e políticos. O desdobramento dessas negociações poderá influenciar significativamente a dinâmica comercial do Brasil nos próximos anos.