Patrick César da Silva Brito, um hacker brasileiro que residia em Araçatuba, São Paulo, foi condenado a nove anos e três meses de prisão por invadir dispositivos eletrônicos do ex-prefeito Dilador Borges (PSDB) e de sua esposa. O crime, que inclui extorsão, ameaça, calúnia e difamação, resultou em uma exigência de R$ 70 mil para que informações prejudiciais não fossem divulgadas. A condenação ocorreu após investigações que começaram em dezembro de 2020, quando o e-mail do prefeito foi invadido.
Brito foi preso em 23 de dezembro de 2022, na Sérvia, onde atualmente reside. Desde então, ele tem lutado contra sua extradição ao Brasil, alegando risco de perseguição. Sua defesa expressou insatisfação com a sentença, enquanto o ex-prefeito afirmou confiar no sistema judiciário. O caso está agora sob análise do Ministério da Justiça da Sérvia, que decidirá sobre o pedido de extradição feito pela Justiça brasileira.
A condenação de Brito destaca a crescente preocupação com crimes cibernéticos no Brasil e suas repercussões internacionais. A investigação revelou não apenas a vulnerabilidade das vítimas, mas também a complexidade dos processos legais que envolvem a cooperação entre países. A situação de Brito poderá influenciar futuras ações judiciais relacionadas a crimes digitais e a proteção de dados pessoais.