O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, declarou ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) que investiu R$ 151 mil na construção de sua casa de luxo em Porto Feliz. O MPSP decidiu arquivar a investigação sobre o imóvel, que foi declarado por R$ 680 mil em 2024, após um pedido de apuração feito pelo deputado estadual Antonio Donato (PT). As informações surgiram após uma reportagem do Metrópoles que revelou a construção da luxuosa residência em um condomínio fechado na cidade.
Derrite afirmou que o terreno foi adquirido por R$ 489 mil e que a obra, com área de 331 m² e piscina, teve um custo estimado de R$ 2,4 milhões, segundo o construtor. O procurador-geral do Estado, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, arquivou o caso ao considerar que as explicações de Derrite foram suficientes para afastar indícios de improbidade administrativa. No entanto, as declarações do secretário contrastam com as estimativas do empreiteiro, levantando questões sobre a origem dos recursos utilizados na construção.
As implicações desse caso podem ser significativas para a imagem pública de Derrite e para a confiança nas instituições governamentais. A discrepância entre os valores declarados e os custos reais da obra pode gerar novas investigações ou questionamentos por parte da sociedade e da oposição. Além disso, a situação ressalta a necessidade de maior transparência nas declarações de bens por parte de autoridades públicas, especialmente em casos que envolvem grandes somas de dinheiro.