O setor de mineração de terras raras nos Estados Unidos tem se tornado um ponto focal na guerra comercial entre China e EUA, com a China controlando 70% da produção global. Desde a administração de Donald Trump, as empresas americanas do setor têm se beneficiado de investimentos governamentais, visando reduzir a dependência das importações chinesas.
Em julho, o Pentágono anunciou um investimento de US$ 400 milhões na MP Materials, que opera a mina de terras raras de Mountain Pass, na Califórnia, tornando-se a maior acionista da empresa. Este movimento sinaliza a importância estratégica do setor para o governo americano, que pode oferecer subsídios adicionais para impulsionar a produção local.
Além disso, a MP Materials firmou um contrato de US$ 500 milhões com a Apple para o fornecimento de ímãs de terras raras fabricados nos EUA, totalizando quase US$ 1 bilhão em negócios em apenas um mês. Outras empresas, como a USA Rare Earth, também estão se beneficiando da situação, com seu CEO afirmando que a guerra comercial trouxe um aumento no interesse de investidores.
A USA Rare Earth planeja expandir sua capacidade de produção de ímãs em Oakland, visando aumentar a produção de 1.200 toneladas até 2026, com um objetivo final de 5.000 toneladas. O mercado global de terras raras, avaliado em US$ 12,4 bilhões no ano passado, deve triplicar até 2033, segundo o IMARC Group, refletindo uma tendência de crescimento contínuo no setor.