As icônicas marcas de luxo Gucci, Dior e Louis Vuitton estão passando por uma crise sem precedentes, com vendas em declínio e consumidores cada vez mais insatisfeitos. Fatores como a banalização dos produtos, acusações de má qualidade e tarifas comerciais impostas pelo governo Trump têm contribuído para essa situação alarmante. A recente devolução de medalhas pelos atletas nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, devido a sinais de corrosão, simboliza a perda de prestígio do setor.
A LVMH, conglomerado que controla marcas como Louis Vuitton e Dior, viu sua receita cair 4% no primeiro semestre de 2024, enquanto o lucro operacional despencou 15%. Apesar de uma demanda ainda sólida na Europa e nos EUA, o aumento dos preços e a venda de estoques excedentes em lojas de desconto têm gerado preocupações sobre a qualidade dos produtos. A Kering, proprietária da Gucci, também reportou quedas significativas nas vendas, refletindo um padrão preocupante no setor.
Com consumidores mais cautelosos, especialmente na China, onde muitos estão optando por comprar produtos de luxo localmente, as marcas enfrentam um desafio crítico para reverter essa tendência. Especialistas preveem que o setor pode estar à beira do maior retrocesso desde a crise financeira de 2008-2009. Para sobreviver, as empresas de luxo precisarão investir na experiência do cliente e garantir que os aumentos de preços sejam acompanhados por melhorias na qualidade dos produtos.