O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) divulgou seus resultados do segundo trimestre de 2025 na noite de terça-feira (5), apresentando uma margem de Ebitda de 9,0%, com um aumento de 20 pontos-base em relação ao ano anterior. Apesar do desempenho positivo em algumas métricas, a reação do mercado foi negativa, com as ações da companhia caindo 7,10% na manhã de quarta-feira (6), cotadas a R$ 3,13.
Os analistas do Morgan Stanley e Itaú BBA mantiveram recomendações neutras para as ações, apontando que o crescimento das vendas nas mesmas lojas foi de 6,5%, mas a falta de tração nas bandeiras Extra e Aliados e o aumento da alavancagem geraram cautela entre os investidores. A receita líquida consolidada avançou 4%, impulsionada por um efeito positivo do calendário, mas, ajustando esse fator, o crescimento foi de apenas 5,1% em relação ao trimestre anterior.
A margem bruta da empresa caiu 0,8 ponto percentual, para 27,4%, devido a um ambiente competitivo e maior atividade promocional. Entretanto, a redução de 16,5% nas despesas gerais e administrativas ajudou a expandir a margem Ebitda ajustada. Além disso, um reconhecimento de indenização tributária de R$ 100 milhões contribuiu positivamente para os resultados operacionais.
Os analistas destacam que, apesar de alguns avanços na reestruturação da empresa e ganhos de participação em segmentos premium, o prejuízo líquido de R$ 171 milhões evidencia a pressão financeira contínua, especialmente em um cenário de juros altos, que afeta a geração de lucro da companhia.