Um grupo de brancos nos Estados Unidos, denominado ‘Return to the Land’, está se organizando nas Montanhas Ozark, Arkansas, com o objetivo de estabelecer uma sociedade exclusiva para pessoas brancas. O coletivo, que se apresenta como defensor de valores tradicionais e ancestralidade comum, exige que todos os membros passem por uma verificação de antecedentes e herança ancestral antes de serem aceitos. Eric Orwoll, um dos fundadores, defende a iniciativa como uma forma de livre associação, embora críticos a acusem de promover a segregação racial.
A proposta do grupo gerou polêmica e levou o procurador-geral do Arkansas, Tim Griffin, a iniciar uma investigação sobre possíveis violações legais. A Diretora do Programa de Justiça Racial da ACLU, ReNika Moore, questionou a legalidade da exclusão de não brancos, afirmando que isso contraria a Lei de Moradia Justa. O grupo afirma que seu objetivo é criar comunidades seguras e pacíficas para descendentes europeus, mas suas práticas têm sido comparadas a ideologias extremistas do passado.
Com o crescimento do movimento, que já conta com comunidades em expansão na região, as implicações legais e sociais da iniciativa continuam a ser debatidas. A ACLU e outros críticos alertam que a tentativa de reformular a segregação como um ‘clube privado’ não isenta o grupo das leis federais que proíbem discriminação racial. A situação permanece sob vigilância enquanto o debate sobre liberdade de associação e direitos civis se intensifica.