A Air Canada anunciou que começará a retomar suas operações de forma gradual após alcançar um acordo com o sindicato que representa 10 mil comissários de bordo, encerrando uma greve que resultou na paralisação total de seus voos. O presidente e CEO da companhia, Michael Rousseau, afirmou que a normalização completa dos serviços pode levar mais de uma semana, devido à complexidade do processo de reintegração das operações. Os primeiros voos estão programados para a noite de 19 de agosto, mas os clientes devem estar cientes de que a volta ao serviço regular pode exigir de sete a dez dias, durante os quais alguns voos poderão ser cancelados até que o cronograma se estabilize.
O acordo foi alcançado após mediação com o Sindicato Canadense dos Funcionários Públicos (CUPE), que declarou que os membros em greve retornariam ao trabalho imediatamente. Rousseau expressou arrependimento pelo impacto da interrupção nos serviços aos clientes e ressaltou a prioridade da companhia em restabelecer as operações rapidamente. A greve foi desencadeada por aumentos salariais desiguais, onde pilotos receberam um aumento de 26% em 2024, enquanto os comissários, em sua maioria mulheres, tiveram um aumento de apenas 8% previsto para 2025.
A decisão do Conselho de Relações Industriais do Canadá (CIRB) exigiu que todos os comissários em greve retornassem ao trabalho até as 14h do dia 17 de agosto, após uma diretiva da Ministra do Trabalho e Famílias, Patty Hajdu. Em resposta, o presidente nacional do CUPE, Mark Hancock, afirmou que o sindicato não recuaria. O retorno gradual das operações da Air Canada é um passo importante para a recuperação da companhia e para a restauração da confiança dos clientes.