Grávida foge de zona de guerra no Sudão em busca de segurança

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Em maio de 2025, Amira, uma mulher grávida de sete meses, iniciou uma jornada desesperada para escapar da cidade de En Nahud, no Sudão, após a tomada do local pelas Forças de Apoio Rápido (RSF). A guerra civil que assola o país há mais de dois anos se intensificou, tornando a vida insustentável para os civis. Sem hospitais ou farmácias disponíveis, Amira sentiu que não tinha escolha a não ser fugir em busca de segurança.

Durante sua fuga, Amira enfrentou uma série de desafios, incluindo a hostilidade dos paramilitares da RSF e a escassez de recursos. A viagem foi marcada por momentos de tensão extrema, como quando o motorista do caminhão que a transportava ameaçou um jovem passageiro com uma arma. Apesar das dificuldades, Amira conseguiu chegar a el-Fula, mas decidiu continuar sua jornada devido à crescente violência do Exército sudanês contra civis de grupos étnicos específicos.

A situação no Sudão continua crítica, com a ONU relatando abusos e perseguições sistemáticas contra civis. A jornada de Amira ilustra não apenas os perigos enfrentados por aqueles que tentam escapar do conflito, mas também a crise humanitária que se agrava na região de Kordofan, um ponto estratégico na guerra. O envolvimento de milícias e a falta de segurança tornam quase impossível a chegada de ajuda humanitária, exacerbando ainda mais a situação dos deslocados.

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