O chefe de gabinete da Argentina, Guillermo Francos, denunciou como uma ‘operação política’ a divulgação de áudios que supostamente implicam Karina Milei, irmã do presidente Javier Milei, em um esquema de corrupção. Durante uma tensa sessão no Congresso, na quarta-feira (27), Francos afirmou que os áudios foram divulgados em um momento crítico, quando se discutia uma Lei de Emergência para a Deficiência, que requereria recursos financeiros que o Estado não possui atualmente.
A mídia local havia publicado gravações em que uma voz semelhante à de Diego Spagnuolo, ex-chefe da Agência Nacional de Deficiência (ANDIS), discute esquemas de suborno. Ele menciona Karina Milei como suposta beneficiária de pagamentos ilícitos. Apesar das acusações, o governo não confirmou a autenticidade dos áudios e Spagnuolo foi demitido pelo presidente Milei após as revelações.
Este escândalo surge em um momento delicado para o governo Milei, com eleições locais na província de Buenos Aires e eleições legislativas nacionais se aproximando. A situação política se intensificou com protestos contra o governo, refletindo a crescente insatisfação popular e a pressão sobre a administração para responder às alegações de corrupção enquanto busca ampliar sua presença no Congresso nas próximas eleições.
