O governo Lula (PT) anunciou um novo ‘Plano Real da Segurança’ com o objetivo de combater facções criminosas no Brasil. A proposta será apresentada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e inclui medidas como a criação de um banco nacional para mapear organizações criminosas e o aumento das penas para crimes relacionados a facções. O plano visa enfrentar a crescente violência associada a grupos como o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital, que se expandiram pelo país nas últimas décadas.
O ‘Plano Real da Segurança’ se inspira na bem-sucedida experiência do Plano Real, que estabilizou a economia brasileira na década de 1990. Entre as medidas propostas estão a alteração do conceito de organização criminosa, novas regras para inquéritos policiais e a possibilidade de infiltração de policiais em empresas durante investigações. Além disso, o governo já trabalha na aprovação da PEC da Segurança, que busca dar maior poder à União para estabelecer diretrizes de atuação das forças de segurança no país.
As implicações desse plano são significativas, pois visam não apenas aumentar a eficácia do combate ao crime organizado, mas também integrar as ações das polícias em diferentes níveis. A expansão das competências da Polícia Federal e a criação de novas leis para proteger integrantes do Judiciário que atuam contra facções são passos importantes para enfrentar a complexa rede de criminalidade que se espalhou pelo Brasil, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.