O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou apoio ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, após a aplicação da Lei Magnitsky, que visa sancionar indivíduos envolvidos em violações de direitos humanos, contra o magistrado. A medida foi anunciada pelo Tesouro dos Estados Unidos no dia 30 de julho, levando Lula a convocar um jantar com todos os ministros do STF para discutir possíveis respostas jurídicas às sanções, marcado para a noite de quinta-feira, 31 de julho, no Palácio da Alvorada.
Na véspera do jantar, Lula se reuniu com três ministros do STF, incluindo o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, e o decano Gilmar Mendes, para abordar a situação. A expectativa é que o presidente apresente a estratégia da Advocacia-Geral da União (AGU) para contestar as sanções, que são vistas como uma retaliação ao Judiciário brasileiro. Além de Moraes, outras figuras do STF também podem estar sob risco de sanções, segundo aliados de Trump.
As sanções impostas a Moraes incluem o bloqueio de operações financeiras nos EUA e a revogação de sua autorização para visitar o país. Em resposta, o advogado-geral da União, Jorge Messias, classificou as medidas como "arbitrárias e injustificáveis", afirmando que representam uma tentativa de intimidação do Judiciário brasileiro. A AGU se comprometeu a adotar medidas para proteger a soberania e a autonomia do Poder Judiciário, enfatizando a importância de uma Justiça independente para a democracia.
A reabertura dos trabalhos do STF está agendada para o dia 1º de agosto, e ministros planejam discursar em defesa de Moraes, reafirmando a postura da Corte em não se submeter a pressões políticas. A situação marca um novo capítulo na crise entre o governo Trump e as instituições brasileiras, com implicações significativas para as relações bilaterais.