O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou apoio ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, alvo de sanções da Lei Magnitsky, adotada pelos Estados Unidos. A medida foi anunciada pelo Tesouro americano no dia 30 de outubro, levando Lula a convocar um jantar com todos os ministros do STF no Palácio da Alvorada para discutir possíveis respostas jurídicas às sanções, que incluem o bloqueio de operações financeiras de Moraes nos EUA.
Na véspera do jantar, Lula se reuniu com três ministros do STF para abordar a situação, incluindo o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, e o decano Gilmar Mendes. Durante o encontro, o presidente deve apresentar a estratégia da Advocacia-Geral da União (AGU) para contestar as sanções, que são vistas como uma retaliação ao Judiciário brasileiro.
A AGU, por meio de seu advogado-geral, Jorge Messias, classificou as sanções como "arbitrárias e injustificáveis", ressaltando que a resposta deve ser conduzida pela AGU, e não pelo STF. A crise entre os governos brasileiro e americano se intensificou, com a imposição de tarifas sobre produtos brasileiros no mesmo dia em que as sanções foram anunciadas. A AGU reafirmou seu compromisso com a soberania e a autonomia do Judiciário brasileiro, destacando a importância de uma Justiça independente para a democracia.
O jantar no Alvorada ocorre após o recesso do STF e precede a reabertura dos trabalhos do tribunal, onde ministros devem se manifestar em defesa de Moraes. A situação evidencia a tensão entre o governo Lula e a administração Trump, com implicações significativas para as relações entre os dois países.