A Advocacia-Geral da União (AGU) está finalizando a contratação de um escritório de advocacia nos Estados Unidos com o objetivo de reverter as sanções impostas pelo governo de Donald Trump. Essas sanções incluem tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e punições a autoridades brasileiras, como ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), com base na Lei Magnitsky. Os advogados atuarão tanto em tribunais quanto extrajudicialmente, defendendo os interesses do Estado brasileiro em um cenário marcado por tensões diplomáticas.
A contratação surge em um momento crítico, já que a AGU busca contrabalançar a influência de Eduardo Bolsonaro, que tem pressionado a Casa Branca e congressistas para punir autoridades brasileiras. A assessoria da AGU esclarece que os advogados não foram contratados para fazer lobby, embora essa prática seja regulamentada nos EUA. A expectativa é que a AGU divulgue oficialmente os detalhes do contrato em breve, após a publicação de uma portaria que facilita a contratação de advogados para atuar em foro estrangeiro.
Além das tarifas, ministros do STF e outras autoridades enfrentam restrições de entrada nos EUA, e Alexandre de Moraes já sofreu sanções financeiras. A AGU criou uma comissão para selecionar advogados especializados, visando garantir a defesa dos interesses da União no exterior. Embora Moraes tenha declarado não ter interesse em recorrer das sanções, ele poderá contar com os serviços dos advogados contratados pela AGU caso mude de ideia.