A Advocacia-Geral da União (AGU) está finalizando a contratação de um escritório de advocacia nos Estados Unidos com o objetivo de reverter as sanções tarifárias de 50% impostas pelo governo de Donald Trump aos produtos brasileiros. Os advogados atuarão tanto em tribunais americanos quanto em negociações extrajudiciais, defendendo os interesses do Brasil em um contexto de crescente tensão diplomática, especialmente devido à influência de Eduardo Bolsonaro na política americana.
A iniciativa da AGU surge em resposta à falta de interlocução produtiva entre os governos brasileiro e americano, após a imposição das tarifas e sanções a autoridades brasileiras com base na Lei Magnitsky. O ministro da AGU, Jorge Messias, apressou-se em editar uma portaria que regulamenta a contratação de advogados no exterior, permitindo que a AGU contrate profissionais especializados sem licitação, visando fortalecer a defesa dos interesses nacionais.
A expectativa é que a AGU anuncie oficialmente a contratação do escritório nos próximos dias, com apoio do setor empresarial que busca alternativas para mitigar os impactos das tarifas. Embora a AGU tenha negado que os advogados sejam contratados para lobby, a medida é vista como crucial para enfrentar as sanções e proteger as autoridades brasileiras afetadas, incluindo o ministro Alexandre de Moraes, que já sofreu sanções financeiras.