No núcleo do Palácio do Planalto, uma discreta comemoração ocorreu após a divulgação da pesquisa Quaest, que revelou um crescimento na aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A diferença entre aprovação e desaprovação caiu de 10 para 5 pontos, com a pesquisa indicando uma recuperação significativa entre os eleitores que ganham até dois salários mínimos e na região Nordeste, considerada um importante termômetro de popularidade para o governo.
Apesar dessa melhora, a desaprovação ainda supera a aprovação, alcançando 51%, o que representa um fator de atenção para o governo. A queda da inflação dos alimentos é vista como um dos principais fatores que contribuíram para essa recuperação. Um auxiliar do presidente destacou que a recuperação no Nordeste é crucial, especialmente após preocupações anteriores com a queda na aprovação nesse segmento.
Além disso, o governo analisa as implicações das sanções políticas dos EUA sob a administração de Donald Trump, que podem influenciar a percepção pública sobre o governo Lula. A pesquisa também revelou que 69% dos brasileiros acreditam que o deputado Eduardo Bolsonaro defende interesses familiares nos EUA, enquanto 67% defendem uma solução negociada para as tensões comerciais, em contraste com apenas 26% que apoiam retaliações. Essa situação exige uma modulação cuidadosa nas reações do governo às pressões externas.