O governo Lula, em uma medida que visa mitigar os impactos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos, autorizou a compra direta de produtos que perderam mercado, sem a necessidade de licitação. A portaria conjunta dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura foi publicada no Diário Oficial da União em 22 de agosto e destina os itens adquiridos ao abastecimento de escolas públicas e à formação de estoques. Entre os produtos listados estão açaí, castanha de caju e diversos tipos de pescados.
Os produtores interessados em vender diretamente ao governo devem comprovar que foram afetados pelas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, apresentando documentos como a Declaração de Perda na exportação. Essa iniciativa faz parte de um plano de contingência que pode custar até R$ 30 bilhões, com o objetivo de proteger as empresas nacionais e garantir a soberania do Brasil em um cenário geopolítico desafiador.
Durante uma reunião do Partido dos Trabalhadores, o ministro Fernando Haddad enfatizou que o Brasil não abrirá mão de sua soberania e que as parcerias internacionais devem ser mantidas, mas não nas condições impostas pelo tarifaço. A declaração reflete a posição do governo em relação às relações com os Estados Unidos, destacando a importância do diálogo com diversas nações enquanto se busca preservar os interesses nacionais.