O governo brasileiro, sob a liderança do presidente Lula, apresentou nesta sexta-feira (29) o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2026, que projeta um superávit primário de R$ 34,3 bilhões, representando 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB). Essa meta está alinhada com as diretrizes estabelecidas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). No entanto, os cálculos indicam que o governo central deverá registrar um déficit de R$ 23,3 bilhões em 2026, o que equivale a 0,17% do PIB, antes de ajustes contábeis. A diferença será compensada por despesas não contabilizadas no resultado, como determinações do STF sobre precatórios, totalizando R$ 57,8 bilhões.
Além disso, o PLOA de 2026 estabelece um limite de R$ 2,428 trilhões para as despesas primárias, um aumento de 7,4% em relação ao estimado no terceiro bimestre de 2025. O piso constitucional para a saúde será de R$ 245,5 bilhões e para a educação, de R$ 133,7 bilhões. Apesar da piora nas projeções de déficit primário em comparação ao PLDO anterior, o governo mantém a meta de superávit em R$ 34,3 bilhões. Essa situação orçamentária levanta questões sobre a sustentabilidade fiscal e os desafios que o governo enfrentará para equilibrar as contas públicas nos próximos anos.