O governo federal está avaliando uma proposta que tornaria facultativa a obrigatoriedade de frequentar autoescolas para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Elaborada pelo Ministério dos Transportes, a medida visa reduzir os custos da habilitação, que atualmente variam entre R$ 3 mil e R$ 4 mil, permitindo que os candidatos se preparem de forma autodidata ou com instrutores autônomos credenciados. A proposta aguarda a aprovação do presidente da República.
O presidente do Detran-GO, delegado Waldir, é um dos principais defensores da proposta, que foi apresentada ao Senatran. Em entrevista ao Jornal Opção, ele destacou que a exigência de 20 horas/aula em autoescolas é um entrave, especialmente para jovens de famílias de baixa renda. Waldir argumenta que a flexibilização democratizaria o acesso à CNH, facilitando a inserção de jovens no mercado de trabalho, especialmente em áreas como transporte e entregas.
Waldir também citou experiências internacionais, como as de países como Finlândia e Estados Unidos, que já adotaram medidas semelhantes sem aumento nos índices de acidentes de trânsito. Ele assegurou que a qualidade dos condutores não será comprometida, uma vez que os candidatos ainda precisarão demonstrar conhecimento para obter a CNH. Além disso, a proposta inclui a regulamentação de instrutores autônomos, com fiscalização concentrada no momento da prova.
A mudança proposta pelo Detran-GO é vista como uma adaptação necessária ao modelo atual, que, segundo Waldir, mantém um monopólio das autoescolas. Ele acredita que a nova abordagem permitirá uma maior inclusão social, oferecendo oportunidades a jovens que, atualmente, enfrentam dificuldades financeiras para obter a habilitação.