O governo dos Estados Unidos anunciou a aquisição de 9,9% das ações da Intel, em um acordo avaliado em US$ 11 bilhões. A transação, que envolve 433,3 milhões de ações, está ligada à lei CHIPS and Science Act, que busca impulsionar a produção de semicondutores no território americano. O presidente Donald Trump revelou a informação em sua rede social, afirmando que os EUA “não pagaram nada” pelas ações, agora avaliadas em cerca de US$ 11 bilhões.
A oficialização do acordo encerra um período de tensão entre o governo e a Intel, que se intensificou após Trump exigir a renúncia do CEO Lip-Bu Tan devido a supostas ligações com empresas chinesas. Após uma reunião conciliadora na Casa Branca, o acordo foi firmado, embora não conceda ao governo direito a voto ou posições no conselho da empresa. O investimento estatal é considerado crucial para a Intel, que enfrenta dificuldades tecnológicas e uma queda na participação de mercado.
Apesar do aumento nas ações da Intel após o anúncio, especialistas alertam que o aporte financeiro não resolve os problemas estruturais da empresa. A Intel precisa não apenas de capital, mas também de clientes para garantir sua recuperação no setor. O investimento pode proporcionar um alívio imediato e ajudar na construção de um novo polo de fabricação de chips em Ohio, que enfrenta atrasos significativos.